Laila Andresa Cavalcante Rosa
Musicista, compositora, cantora, instrumentista e pesquisadora pernambucana. Graduada em Licenciatura em Música pela Universidade Federal de Pernambuco (2002), é mestre (2005) e doutora em Música - etnomusicologia pela Universidade Federal da Bahia (2009), com bolsa CAPES de doutorado sanduíche de 1 ano realizado na New York University (Nova York, 2007-2008), onde esteve vinculada ao Center for Latin American and Caribbean Studies (CLACS) e ao Programa de Pós-Graduação em música, sob orientação de Ana Maria Ochoa. Neste mesmo período teve a oportunidade de estudar com as musicólogas feministas Suzanne Cusick (NYU) e Ellie Hisama (Columbia University). Desde 2010 é professora adjunta da Escola de Música, do Programa de Pós-Graduação em Música, onde foi coordenadora (Gestão 2016-2018), e do Programa de Pós-Graduação em Estudos sobre Gênero, Mulheres e Feminismo, ambos da UFBA, tendo criado o componente curricular ?Introdução aos estudos de gênero, relações étnico-raciais e sexualidades em música? (2014) nos níveis de mestrado e doutorado. É pesquisadora permanente do NEIM/UFBA (Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Mulher) e dos grupos GEMBA (Grupo de Estudo e Pesquisa de Música na Bahia)/UFBA e do Grupo Estudos de Gênero, Corpo e Música/UFRGS. É coordenadora da Feminaria Musical: grupo de pesquisa e experimentos sonoros, que, desde sua idealização em 2012, integra a linha da pesquisa Gênero, Cultura e Arte do NEIM. Com a Feminaria Musical vem desenvolvendo pesquisas sobre epistemologias feministas em música no Brasil e compositoras atuantes em Salvador, Bahia, bem como, realizando atividades diversas de extensão como eventos, performances, intervenções e interlocuções com os movimentos sociais enquanto grupo artivista feminista. Enquanto orientadora de Estágio Docente em Música, no campo da Educação Musical, vem trabalhando com a articulação entre educação musical e etnomusicologia, com os marcadores sociais da diferença para compreender as matrizes de desigualdades presentes na educação como o racismo, o etnocídio, o sexismo e a LGBTQI-fobia, assim como, a articulação entre as leis 10.639 e 11.645 (inclusão do ensino da História e cultura afro-brasileira e indígena) e a lei 11.769 (obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica). Em 2013 lançou o CD "Água Viva: um disco líquido", trabalho autoral livremente inspirado na obra homônima de Clarice Lispector e dos orixás femininos Yemanjá e Oxum (www.soundcloud.com/laila-rosa). O mesmo foi contemplado pelo edital de Demanda Espontânea 2011, da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Desde 2018 está oficialmente afastada da UFBA, realizando Estágio de Professora Visitante e Residência Artística nos EUA, no Departamento de Música e Centro de Estudos Latino-Americanos (William and Mary University, Virgínia) e México (Diplomado en Estudios Feministas desde America Latina - Universidad Autónoma de la Ciudad de México; Seminaria Feminismos de Abya Yala - UACM, Cidade do México) e Red Napiniaca de Etnomusicologia e Programa de Estudios e Intervención Feministas (Centro de Estudios Superiores de México y Centroamérica - CESMECA /Universidad de Ciencias y Artes de Chiapas - Chiapas, México) e Flotar Produtora (Cidade do México), realizando performances e promovendo círculos de mulheres para partilhar como pensam suas vivências enquanto criadoras (compositoras e/ou xamãs) através da voz, do corpo e da improvisação experimental, como parte do projeto de pesquisa ?Dos mitos de invisibilização à produção de conhecimento sobre mulheres e música no Brasil: as ?vozes curandeiras? das cantautoras, sacerdotisas e xamãs?. Áreas de interesse/atuação são: epistemologias feministas decoloniais, (etno)musicologias feministas, sagrado feminino, religiões afro-brasileiras, música popular, compositoras, cantautoras, xamãs, composição, improvisação experimental, performance, educação musical pela diversidade humana, voz, corpo, violino e rabeca nos contextos da música popular e tradicional.
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